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Minas Gerais avança no reconhecimento das Rotas do Café com projeto de Maria Clara Marra

Minas Gerais avança no reconhecimento das Rotas do Café com projeto de Maria Clara Marra

A Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou, nesta quarta-feira (15/5), em

2º turno, o Projeto de Lei 1.671/2023, de autoria da deputada estadual Maria Clara

Marra. A proposta reconhece as Rotas do Café de Minas como de relevante

interesse cultural, turístico, econômico e social.

A medida consolida o café como eixo estratégico para o desenvolvimento de

Minas Gerais e abrange mais de 60 municípios ligados à produção, à história e

ao turismo cafeeiro. A proposta avança em sintonia com a Lei Federal nº

14.718/2023, que declarou a Rota do Café como monumento nacional.

O projeto também fortalece regiões produtoras como o Cerrado Mineiro, que

reúne cidades com forte tradição cafeeira, como Patrocínio, Monte Carmelo,

Carmo do Paranaíba, São Gotardo e Patos de Minas. Juntas, elas somam mais de

6 milhões de sacas produzidas por ano e sustentam um dos pólos mais

produtivos do país.

“Essa lei cria base legal para fomentar políticas públicas voltadas ao turismo, à

valorização cultural e à geração de renda nas regiões cafeeiras. É uma forma de

transformar o que já é uma realidade produtiva em instrumento de

desenvolvimento regional articulado”, explicou a deputada.

Natural de Patrocínio, cidade reconhecida nacionalmente pela qualidade de seu

café, Maria Clara destacou também o vínculo afetivo com a proposta. “Eu cresci

vendo o café movimentar as lavouras, as escolas, as famílias. Valorizar as rotas é

valorizar quem acorda cedo, quem cuida da terra, quem transforma grão em

futuro”, afirma.

Quatro grandes regiões refletem a diversidade cafeeira mineira

O projeto reconhece oficialmente as principais rotas turísticas do café em Minas

Gerais, que se organizam em quatro grandes regiões: Cerrado Mineiro, Sul de

Minas, Zona da Mata/Caparaó e Serra da Canastra. Cada uma com suas

particularidades de produção, paisagem e tradição

No Cerrado Mineiro, o café é cultivado em áreas planas, com alta tecnologia e

forte organização dos produtores. A região, que foi a primeira no país a

conquistar a Denominação de Origem, concentra municípios como Patrocínio,

Araxá, Campos Altos e Lagoa Formosa. O turismo ainda está em expansão, mas

já oferece visitas a plantações, experiências gastronômicas e degustações.

Já o Sul de Minas se destaca pela produção de cafés especiais e por uma

estrutura mais consolidada para o turismo rural. Regiões como Três Pontas,

Cambuquira, São Lourenço e Cruzília atraem visitantes que buscam paisagens

montanhosas, colheitas manuais e experiências com foco na qualidade do grão.

Na Zona da Mata e região do Caparaó, a tradição familiar domina o cultivo. Cafés

produzidos em altitudes elevadas e com métodos artesanais são o destaque.

Cidades como Alto Caparaó, Espera Feliz e Alto Jequitibá mesclam cultura

cafeeira com o turismo de aventura, graças às trilhas, mirantes e paisagens da

serra.

Por fim, a região da Serra da Canastra alia o café à natureza exuberante e a

produtos típicos como o Queijo Canastra. Piumhi, Vargem Bonita e São Roque

de Minas recebem turistas em busca de vivências autênticas no campo, trilhas e

cachoeiras.

Café como símbolo, política e futuro de Minas Gerais

Além de reconhecer o valor cultural do café na formação da identidade mineira,

o projeto cria oportunidades para que o Estado incentive, de forma coordenada,

ações de preservação do patrimônio rural, formação profissional, promoção

turística e fortalecimento da economia regional.

Ao mesmo tempo, a iniciativa amplia a visibilidade das regiões produtoras,

estimula o empreendedorismo e fortalece o papel de Minas como referência

nacional em qualidade, tradição e inovação no setor cafeeiro..