O Prefeito Deiró Marra recebeu a imprensa no final da manhã de hoje (27) para explicar as mudanças propostas na peça orçamentária prevista para o ano que vem. Devido à grande crise financeira e política que assola o Estado, que somente ao Município de Patrocínio deixou de repassar mais de R$40 milhões, o Governo Municipal se viu obrigado a revisar a receita prevista de R$ 355 milhões na peça orçamentária que já havia sido aprovada pela Câmara Municipal.

A nova peça, que já foi encaminhada à Câmara Municipal para a que seja votada em regime de urgência, coloca uma nova previsão no valor de R$ 325 milhões (mesma faixa de 2018), que segundo os entendimentos do Governo Municipal é mais de acordo com o que se espera para 2019 "O momento político e financeiro de Minas se agravou e muito, depois das eleições tivemos a oportunidade de buscar mais detalhes e informações sobre a realização dos pagamentos do Estado para com o Município, e como o pessimismo está imperando neste momento, a dificuldade de se realizar essa condição financeira do Estado com o Município, nós somos quase que obrigados a rever a peça orçamentária e a fazer novas adequações” explicou o Prefeito.

No entanto, apesar da nova previsão, investimentos mais importantes foram mantidos na nova peça orçamentária, como a construção da Avenida Sanitária entre os Bairros Morada Nova e Enéas Ferreira de Aguiar, a reconstrução total das galerias da Avenida João Alves do Nascimento e seu recapeamento, a construção do novo Pronto Socorro e o reajuste do funcionalismo público municipal.

“Não tem cidade mineira que está na nossa situação, isso posso assegurar porque tenho conversado com todos os prefeitos, graças a Deus estamos com os salários em dia, 13º antecipado, fornecedores em dia, mas nós temos que ter cautela. Coisa pública é coisa séria e precisa de um gestor sério para conduzir, não vamos brincar aqui com o que não temos, com consciência, com tranquilidade nós vamos apresentar o nosso projeto para a Câmara novamente com esse objetivo" disse Deiró que explicou "Não vislumbramos a menor possibilidade num médio prazo, de seis a doze meses, de estar recebendo esses quase R$40 milhões que o Estado ficou devendo, ou seja, não estou acreditando que em janeiro recebamos aquilo que está atrasado do Estado, nós estamos com muito mais realismo, nós estamos fazendo o nosso dever de casa com consciência, e os nossos funcionários têm o meu compromisso de que o funcionalismo será valorizado sempre, respeitada a condição financeira que o próprio momento que o país e minas estão exigindo" finalizou o Prefeito, que disse ainda esperar que todos os vereadores tenham a sensibilidade de entender o momento financeiro que Patrocínio atravessa por uma crise que não é dela, mas que afeta as contas públicas.