Patrocínio/MG

Céu nublado com aguaceiros e tempestades

Min 18
Max 29

DRA. TATIANE CHAGAS, GINECOLOGISTA E OBSTETRA DO CORPO CLÍNICO DA SANTA CASA DE PATROCÍNIO ESCLARECE SOBRE MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

DRA. TATIANE CHAGAS, GINECOLOGISTA E OBSTETRA DO CORPO CLÍNICO DA SANTA CASA DE PATROCÍNIO ESCLARECE SOBRE MENOPAUSA E CLIMATÉRIO

Muito se fala a respeito de Menopausa e Climatério, sobre os sinais e sintomas que a mulher pode ou não sentir durante esse período. Mas afinal, o que é Menopausa? O que é Climatério? Eles são sinônimos? São doenças da mulher? Dra. Tatiane Chagas, ginecologista e obstetra do Corpo Clínico da Santa Casa de Patrocínio esclarece:

Climatério é a fase que envolve a transição entre o período reprodutivo e não reprodutivo da vida da mulher. A Menopausa é um marco dessa fase, correspondendo ao último ciclo menstrual ocorrido há 12 meses. Por se tratar de uma fase natural da vida da mulher o Climatério não é uma doença, mesmo que muitas vezes se apresente com diversos sintomas.

Espera-se que a Menopausa ocorra em torno dos 50 anos. Aproximadamente 5% das mulheres apresenta após os 55 anos (Menopausa tardia) e 5% entre 40 e 45 anos (Menopausa precoce). Nos casos em que ocorre antes dos 40 anos é considerada prematura (falência ovariana prematura).

Vários fatores estão envolvidos na determinação da idade da Menopausa. Mulheres com história familiar de Menopausa precoce têm risco aumentado de desenvolver Menopausa mais cedo, bem como aquelas mulheres que nunca tiveram gestação e mulheres tabagistas. Multiparidade e obesidade estão associados com Menopausa tardia.

As manifestações clínicas que a mulher pode apresentar durante o Climatério decorrem principalmente de alterações hormonais e seu início e duração podem ser variáveis entre as mulheres. Frequentemente, o primeiro sintoma é a mudança no padrão de menstruação, que pode apresentar tanto a redução, quanto aumento no seu volume.

Além disso, aproximadamente 70% das mulheres apresenta ondas de calor (fogachos) manifestadas principalmente no tórax e na cabeça, que podem ser acompanhadas por sudorese e por distúrbios no sono. Observa-se também a ocorrência de sintomas urogenitais, cursando com ressecamento vaginal, dor durante relação sexual (dispareunia), cistite e perda urinária.

A longo prazo, pode incrementar fatores de risco cardiovascular, pois no Climatério ocorre aumento da resistência insulínica, da gordura central, dos níveis do colesterol LDL e diminuição dos níveis do colesterol HDL. Ademais, ocorre diminuição na massa óssea e aumenta o risco de desenvolver Osteoporose.

O objetivo do tratamento dos sintomas climatéricos é melhorar a qualidade de vida da mulher. É importante a prática de exercícios físicos e adoção de alimentação equilibrada: com diminuição da ingestão de gordura e aumento do consumo de grãos e alimentos ricos em cálcio, como leite e seus derivados (queijo, iogurte, requeijão), espinafre, laranja lima e bebida à base de soja. Associado a essas medidas é importante o abandono do hábito de fumar, afim de reduzir a incidência de doenças crônicas.

Somando-se às medidas de mudança de estilo de vida, existem as opções medicamentosas, como a Terapia Hormonal, os Fitoestrogênios e alguns medicamentos antidepressivos. Procure seu ginecologista para uma avaliação individualizada e baseada em seus antecedentes pessoais e familiares para escolha da melhor terapêutica, caso esteja indicada!

Dra. Tatiane, atende no Centro Médico da Santa Casa de Patrocínio e as consultas podem ser agendadas através do telefone 34 3515 2520