Mães pâncreas ganham força com projeto de Maria Clara Marra em Minas Gerais

Na última terça-feira (25/03), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou o Projeto de Lei 2.621/2024, que cria a Política Estadual de Apoio às Mães Pâncreas.
A proposta, de autoria da deputada Maria Clara Marra, tem como objetivo garantir suporte integral às mães e responsáveis por crianças e adolescentes com diabetes tipo 1 no estado.
A medida traz ações concretas para melhorar a rotina dessas famílias. Entre as principais medidas estão:
Atendimento por equipe multidisciplinar – endocrinologistas, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais.
Capacitação de professores e funcionários escolares para lidar com emergências relacionadas ao diabetes.
Grupos de apoio para a troca de experiências entre as mães.
Canal exclusivo de denúncias para relatar a falta de insumos e medicamentos no serviço público.
Incentivo ao uso do círculo azul como símbolo do diabetes, facilitando a identificação da condição e a rápida prestação de socorro em caso de emergência.
Desafios enfrentados pelas famílias
Segundo a pesquisa “Os altos e baixos do diabetes na família brasileira”, realizada pela Novo Nordisk e Datafolha, 80% dos pacientes afirmam que o diabetes afeta profundamente a rotina familiar.
Em muitos casos, os familiares assumem a responsabilidade do tratamento, mas ainda falta preparo. 15% dos familiares não sabem nem mesmo o tipo de diabetes que seus filhos possuem, o que revela a grande dificuldade no controle da doença.
“Essas mães são verdadeiras heroínas. Elas assumem a responsabilidade de cuidar de seus filhos com uma doença crônica, e é nossa missão garantir que elas não carreguem esse fardo sozinhas. Esse projeto é uma forma de reconhecimento e de assegurar que elas tenham todo o suporte necessário”, afirma a deputada.
Próximos passos
Agora, o PL 2.621/2024 segue para tramitação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. A deputada Maria Clara Marra destaca que o apoio da sociedade é fundamental para garantir que a proposta avance e se torne lei.
“Esse é um compromisso com a vida e com a dignidade dessas mães e crianças. Vamos lutar para que esse projeto seja aprovado e saia do papel”, finalizou a deputada.